20090802

========== A Traição das palavras ============


Estacionei o meu carro perto da areia da praia, quando abri a
porta vi-te.

A tua imagem... a tua cara era maravilhosamente linda.

Fomos os dois na mesma direcção como se estivessemos
destinados...

Sentamo-nos ao mesmo tempo no mesmo banco do passeio da
praia, que coincidencia...

Na minha inocencia os olhos fugiram para as tuas pernas,

que indecencia...

As mais bonitas que vi até hoje!

Olhaste para mim e sorriste...

"Gostou de mim" pensei eu.

Puxamos um livro para ler e até o livro era igual, voltamos a
sorrir.

Perguntei-lhe o que achava do livro e começamos a
conversar...

começamos a aproximar as mãos e o corpo em pequenos toques, e
a mente em pequenas palavras...

Todo eu tremia de sentimentos estranhos. E ela parecia sentir
o mesmo.

O telemovel tocou...

Eu atendi e disse: "Olá minha querida como estás?"

A conversa demorou poucos minutos...

"Era a minha mãe" disse eu.

Já não estava ninguem no banco...

3 comentários:

  1. Quem não dá tempo às palavras arrisca-se a levar delas apenas as mágoas sem explicações.

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  2. Demasiado tempo perdido em pensamentos. Bjo

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  3. Fim triste, mas certamente "ela voltará".

    Maria

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